Não é segredo para ninguém que ter uma vida financeira equilibrada é um fator importante para a qualidade de vida. Isso porque estar sem dinheiro é sempre uma experiência frustrante. Ter dívidas e não ter como as quitar pode gerar grande dor de cabeça, assim como a impossibilidade de adquirir algo que se queira muito também provoca chateação.
O grande problema é que, embora conscientes sobre a importância do dinheiro, muitas pessoas ainda depositam as chances de alcançarem este equilíbrio em uma salvação externa – como receber uma grande herança ou ganhar na loteria.
Mas, existe uma outra forma, muito mais viável, que pode contribuir para minimizar as preocupações causadas pela falta de dinheiro. Trata-se de administrar de forma correta o orçamento pessoal.
O que é o orçamento pessoal?
O orçamento pessoal é uma ferramenta de organização individual da vida financeira em um período específico de tempo – o mais comum é que seja realizado mensalmente, mas pode variar de acordo com seus objetivos.
Ele deve reunir informações sobre o saldo disponível do indivíduo, as receitas a serem recebidas e as despesas que devem ser pagas. Considerando essas informações, é possível ter uma visão mais clara de quanto se pode gastar para evitar o endividamento.
Entenda a importância do orçamento pessoal
O que determina a importância do orçamento pessoal é o planejamento que é realizado a partir dessa ferramenta. Com ele, é possível equilibrar ganhos e gastos de maneira inteligente e tomar decisões mais racionais em relação ao dinheiro.
Conheça os principais métodos de como gerir a renda pessoal
Existem muitas formas de gerenciar o seu orçamento. Os métodos a seguir apresentam diferentes definições de distribuição de renda. Dessa forma, é dada uma finalidade à receita total – que é dividida em porcentagens, distribuídas por categorias de gastos.
Método 70-30
Este é o método mais simples de controlar sua renda. Nesse modelo, sua receita é dividida em duas partes. 70% dos gastos são atribuídos a todos os gastos e despesas do período do orçamento – gastos prioritários e não prioritários. Os 30% restantes são dedicados aos investimentos – ou seja, tudo aquilo que trará algum retorno financeiro.
Método 50-30-20
Nesse método, 50% da sua receita vai para os gastos essenciais. Aqui, estão incluídos os itens que garantam a sobrevivência do indivíduo, como alimentação, moradia, saúde e transporte.
30% da renda é destinada aos gastos não essenciais, mas que representam os interesses pessoais do indivíduo, que contribuem para a sua qualidade de vida. Estas são as compras relacionadas ao entretenimento e lazer, como passeios, viagens e investimentos nos próprios hobbies.
Por fim, 20% da renda deve ser utilizada rigorosamente para as prioridades financeiras. Aqui se incluem as dívidas em atraso que devem ser quitadas. Caso não tenha, o valor correspondente deve ser poupado para investir no futuro – como na aposentadoria ou reserva financeira.
Método 55-10-10-10-10-5
Este método foi desenvolvido por T. Harv Eker, escritor do famoso livro “Os segredos da mente milionária”. Ele consiste em dividir o salário em 6 porcentagens diferentes.
A primeira e maior porcentagem equivale a 55% da renda e são destinados à todas as contas de casa, como água, luz, alimentação e a própria moradia.
As segundas maiores porcentagens correspondem a 10% cada; estas serão aplicadas para diversão, educação, liberdade financeira e poupança de longo prazo, sendo os dois últimos investimentos futuros. Na categoria de liberdade financeira, o propósito é levantar dinheiro o suficiente para a aposentadoria. Na categoria de poupança de longo prazo, o propósito é financiar seus objetivos pessoais, como um novo carro, imóvel ou a viagem dos sonhos.
Os 5% restantes devem ser dedicados à doação – seja para pessoas que necessitem ou para organizações que você acredita serem importantes para o mundo.
Como fazer seu orçamento pessoal em 5 passos simples
Primeiro passo – tenha uma ferramenta de sua escolha para a criação de uma planilha. Algumas opções indicadas são a Microsoft Excel ou o Google Sheets.
Segundo passo – some todas as suas receitas: saldo em conta e todas as entradas de dinheiro daquele período. Considere o salário, rendas extra, rendimentos em investimentos financeiros ou presentes em dinheiro.
Terceiro passo – some, também, todas as suas despesas. Considere as despesas fixas e as variáveis (aquelas que podem superar o valor previsto). Também é importante listar os gastos específicos que não ocorrem todo mês, como novas roupas ou calçados e presentes em ocasiões especiais.
Quarto passo – utilize um modelo de distribuição de renda para dividir os gastos em categorias e ter uma maior organização. Veja os modelos citados acima e analise qual é a melhor opção para os seus objetivos.
Quinto passo – acompanhe os resultados e faça as alterações necessárias. Com o passar dos meses, será possível avaliar o que está dando certo e o que pode melhorar. É possível mudar categorias de compras e cortar gastos desnecessários.