As empresas devem ser consideradas agentes sociais, levando em conta seu grau de influência na vida dos indivíduos. Sendo assim, é preciso que os gestores vão além da obrigação legal e garantam um quadro de funcionários tão diverso quanto a própria sociedade, para uma participação mais ativa no combate à discriminação.
O que é inclusão social nas empresas?
Inclusão social nas empresas é o conjunto de medidas tomadas para combater a exclusão dos indivíduos baseado em diferenças sociais e garantir oportunidades iguais de acesso e crescimento dentro da organização.
Legislação
A legislação sobre inclusão nas empresas abarca a obrigatoriedade de contratação de pessoas com deficiência (PcDs) – Lei Nº 8.213/91.
O número de contratações de PcDs deve ter a seguinte proporcionalidade:
2% de colaboradores PcDs para empresas de 100 a 200 funcionários;
3% de colaboradores PcDs para empresas de 201 a 501 funcionários;
4% de colaboradores PcDs para empresas de 501 a 1000 funcionários;
5% de colaboradores PcDs para empresas de com mais de 1000 funcionários.
É preciso ir além da legislação
Por causa da legislação rasa acerca da inclusão social nas empresas, muitas pessoas acreditam erroneamente que, para que isso aconteça, basta admitir pessoas com deficiência. É importante garantir que a prática inclua pessoas de diferentes grupos sociais, como as PcDs, mas muitos outros, como idosos e pessoas de mais idade, pessoas de diferentes orientações sexuais, gêneros, classes sociais e etnias para uma inclusão completa.
Saiba quais são algumas das práticas de inclusão social nas empresas
• Assegurar oportunidades de ingresso à empresa para diferentes grupos sociais;
• Treinar e capacitar os colaboradores para que todos estejam nivelados;
• Garantir uma cultura organizacional baseada no respeito, diversidade e inclusão;
• Criar um código interno de conduta para combater a discriminação;
• Incentivar o conhecimento sobre temas de relevância social a partir de palestras, cursos e workshops;
• Estruturar a composição do quadro de funcionários de todos os setores para garantir que sejam inclusivos;
• Investir em acessibilidade na estrutura dos ambientes e acessibilidade digital;
• Constituir comitês de diversidade para potencializar as vozes dos diferentes grupos sociais e ampliar discussões sobre práticas inclusivas.
Por fim, lembramos que diversidade nas empresas e inclusão social nas empresas não são a mesma coisa. Uma organização que contrata pessoas diversas, mas que não procura ouvir, dar oportunidades iguais de crescimento ou inseri-las em suas práticas, pode ter diversidade, mas certamente não é inclusiva.