Embora as práticas sexuais sejam atividades comuns na vida dos seres humanos adultos, muitas vezes ainda é vista e tratada como um tabu, o que impede a disseminação de informações importantes para promover os cuidados necessários. Neste artigo, você pode aprender mais sobre saúde sexual e prevenção das Infecções Sexualmente Transmissíveis – ISTs. Confira!

 

A importância da saúde sexual

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a saúde sexual pode ser entendida como “o estado de bem-estar físico, mental e social em relação à sexualidade”. Assim, engloba tanto a prevenção de doenças quanto outros fatores que contribuem para experiências mais positivas, prazerosas e seguras.

Dessa forma, os cuidados com a saúde sexual contribuem, entre outras coisas, para uma expressão mais livre, autêntica e natural da sexualidade, para evitar problemas como a gravidez precoce e/ou indesejada e as Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). Estes aspectos também promovem benefícios à saúde mental e emocional.

 

Infecções Sexualmente Transmissíveis

As Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) são causadas por bactérias, vírus ou micro-organismos transmitidos principalmente a partir do contato sexual com alguém que esteja infectado. Também, existe a possibilidade de serem transmitidos por secreções corporais contaminadas, embora seja menos comum do que pela atividade sexual. As ISTs também podem ser passadas de mãe para filhos, durante o período da gestação, no momento do parto ou amamentação.

Conheça algumas das mais conhecidas Infecções Sexualmente Transmissíveis: Papilomavírus Humano; Tricomoníase; Herpes genital; Clamídia; Gonorreia; AIDS; Hepatites B e C; Sífilis.

A imagem aponta algumas das mais conhecidas Infecções Sexualmente Transmissíveis.

 

Diferentes ISTs podem apresentar sintomas distintos e nem todas possuem cura. Alguns exemplos de infecções que têm cura são a sífilis, gonorreia, tricomoníase e hepatite; o papilomavírus humano, também conhecido como HPV; o vírus HIV, causador da AIDS, não possui cura, assim como a herpes genital.

As formas de tratamento variam, mas, no geral, podem incluir medicamentos e práticas de sexo seguro para evitar que as infecções que propaguem. Algumas ISTs são silenciosas e podem passar despercebidas, outras se manifestam a partir do corrimento, verrugas e feridas genitais; dor pélvica, no momento da prática sexual e ardência ao urinar também podem acontecer; outros sintomas podem aparecer em outras partes do corpo, como mãos, boca e olhos.

 

Práticas de prevenção às ISTs

O uso da camisinha, seja masculina ou feminina, é o principal e mais eficaz método de prevenção às Infecções Sexualmente Transmissíveis. Além disso, outras estratégias podem ser combinadas para garantir uma solução mais efetiva. Especialistas explicam que, quanto mais estratégias preventivas uma pessoa adotar, mais segura estará.

A vacina contra a HPV é indicada antes de iniciar a atividade sexual, para meninas e meninos, entre 9 e 14 anos. Também existe a vacina contra a hepatite A e B, que pode ser tomada por todas as pessoas, a partir dos 12 meses de idade.

A Profilaxia pré-exposição (PrEP) consiste na combinação de dois medicamentos (tenofovir + entricitabina) que reduzem o risco de exposição pelo HIV. Pode ser usada diariamente ou antes das relações sexuais. O mais importante é que deve ser realizada antes da exposição ao vírus. Este método é disponibilizado gratuitamente pelo SUS.

A Profilaxia pós-exposição (PEP), também é disponibilizada gratuitamente pelo SUS. A diferença é que este método é considerado uma medida de emergência; deve ser realizado posteriormente ao contato com o vírus HIV ou outras ISTs, preferencialmente nas duas primeiras horas, até 72 horas, durante 28 dias.

Considerando que algumas Infecções são silenciosas, se faz importante a testagem regular para detecção de possíveis contaminações. O teste é seguro, sigiloso e pode ser realizado nas Unidades Básicas de Saúde (UBS).