A empatia, de acordo com o Dicionário Michaelis, pode ser definida como a “habilidade de se imaginar no lugar de outra pessoa”, “compreensão dos sentimentos, desejos, ideias e ações de outrem”, “qualquer ato de envolvimento emocional em relação a uma outra pessoa ou grupo”, e a “capacidade de interpretar padrões não verbais de comunicação e sentimentos que objetos externos provocam em uma pessoa”.
A palavra solidariedade, de acordo com a mesma fonte, significa “sentimento de amor ou compaixão pelos necessitados ou injustiçados, que impele o indivíduo a prestar-lhes ajuda moral ou material”, “responsabilidade recíproca entre os membros de uma comunidade, de uma classe ou de uma instituição”.
Estes dois conceitos podem ser empregados no propósito de contribuir para a saúde mental coletiva. Nesse sentido, a missão seria desenvolver a habilidade de compreensão, atenção e cuidado com aqueles que nos cercam e assumir o compromisso de lhes prestar auxílio, caso necessário, para construir redes de apoio que garantam o bem-estar uns dos outros na sociedade. Entenda mais sobre isso neste artigo.
Saúde mental na sociedade
Dados globais da OMS de 2019 apontam que quase 1 bilhão de pessoas vivem com algum transtorno mental. Depois da pandemia, transtornos como depressão e ansiedade aumentaram em 25%. No Brasil, são cerca de 50 milhões de pessoas nesta situação, segundo dados da Associação Brasileira de Psiquiatria
Certamente, estes dados se refletem nas comunidades por todo o mundo. Todos conhecemos alguém que enfrenta ou já enfrentou problemas relacionados à saúde mental. Algumas pessoas que fazem parte do nosso convívio podem vivenciar obstáculos, mas nunca manifestar que precisam de ajuda.
No mundo atual, a psicofobia infelizmente ainda é uma realidade. O termo se refere ao preconceito contra pessoas que sofrem de algum distúrbio psicológico. Por muitos, estas pessoas são vistas como fracas, desajustadas e improdutivas. Isso impede que muitas delas sejam transparentes sobre o que sentem, sobre os desafios que encontram e impede que possam pedir ajuda.
Para que esta realidade mude, são necessários esforços coletivos no combate à desinformação. Também, é necessário haver uma mudança nas atitudes, para que adotemos olhares mais atentos e cuidadosos em relação ao próximo.
Confira atitudes empáticas e solidárias para proteção da saúde mental
Atente-se aos sinais de desequilíbrios
Pessoas com problemas de saúde mental apresentam indícios. Pode-se observar irritabilidade, desmotivação, falta de ânimo, cansaço em excesso, isolamento e tristeza constante. Esteja atento(a).
Ofereça uma escuta ativa e acolhedora
A insegurança e o medo do julgamento podem ser razões para que uma pessoa em sofrimento se mantenha isolada. No primeiro momento, tudo o que precisam é de alguém que esteja disposto a ouvir. Permita que ela se expresse e, quando necessário, utilize palavras positivas.
Apresente caminhos e portas de saída
Por vezes, quando se encontram em uma situação estressante e complicada, as pessoas podem ter dificuldade em encontrar saídas. Aquelas que estão de fora podem contribuir com um olhar mais racional e apresentar sugestões e caminhos de resolução para o problema.
Estimule atividades saudáveis
Durante as crises, não só o isolamento, mas outros comportamentos prejudiciais podem se tornar comum na vida daqueles que sofrem. Incentive a alimentação saudável, a prática de atividades físicas e a psicoterapia para que possam resgatar a saúde do corpo e da mente.